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sábado, 6 de fevereiro de 2016

GÊNEROS ARGUMENTATIVOS

DEFINIÇÃO
Sabemos que, dentre os tipos textuais, destaca-se o argumentativo - que tem como objetivo discursivo convencer o interlocutor a respeito de determinado ponto de vista. A atividade de argumentar pode ser feita de diferentes maneiras, seguindo distintos formatos. Cada um desses formatos corresponderá a uma concretização textual específica, sendo chamados de gêneros textuais, nesse caso, argumentativos. 
Uma questão que estabelece a marca de cada um desses gêneros é a quem cada texto se dirige, ou seja, quem é o seu  leitor. Assim, apresentamos, a partir daí, uma divisão de estudo desses textos.

Gênero Argumentativo
Quem é o leitor?
Marcas estruturais
Observações
Dissertação
Leitor universal, qualquer um.
Texto impessoal, sem marcas de interlocução, em linguagem objetiva e padrão culto, com rígida divisão das partes do texto argumentativo.
Pode haver ainda dissertação de tom pessoal. Contudo, essa é de cobrança escassa em concursos.
Artigo de opinião
Um certo público leitor de dada publicação.
O texto deve se adequar ao perfil do público. Assim, suas marcas de formalidade ou informalidade dependerão disso. No geral, sua estrutura é menos rígida e costuma se admitir tom pessoal.
O artigo de opinião, de modo geral, é dos gêneros argumentativos mais livres e fluídos que há.
Carta de solicitação ou de reclamação
O destinatário da carta.
Esse texto é de um remetente específico a um destinatário também específico. Portanto, são obrigatórias tanto a primeira pessoa quanto marcas de interlocução, além do cabeçalho com local e data, do vocativo e da saudação introdutórias, bem como a despedida e assinatura.
A distinção entre solicitação e reclamação não é, necessariamente, rigorosa.
Carta de leitor
O editor da revista ou autor de dada matéria.
Esse texto se assemelha ao modelo geral das cartas argumentativas, no entanto, prescinde de cabeçalho com local e data.
No geral, é um texto bastante objetivo e conciso.
Editorial
O público leitor de determinada publicação
Expressa a opinião de certa publicação, falando, portanto em nome coletivo. Sua linguagem tende a ser formal, embora acompanhe a expectativa do público leitor.

Crônica argumentativa
O público leitor da publicação que conterá a crônica.
Esse texto partilha da liberdade geral da crônica narrativa e tem em comum com esse uma motivação do cotidiano.
Em geral, essa modalidade de crônica pode se aproximar bastante do artigo de opinião.




Resenha crítica
O público de certa publicação artística ou crítica.
O texto consiste em um resumo comentado e opinativo sobre dada obra ou trecho de obra.
Pode ser pensada como uma versão bastante simplificada do ensaio.




EXEMPLIFICAÇÃO :  
    Vejamos uma exemplificação bem simples de um breve trecho de mesmo tema em cada uma das versões:
a) Dissertação
Os problemas de trânsito atuais de qualquer grande cidade são motivos de transtornos vários a seus cidadãos. No município do Rio de Janeiro, isso não é diferente e assume contornos dramáticos, em meio às obras por que passa a metrópole. Os engarrafamentos se dão em escala gigantesca, paralisando veículos, a produção e a vida das pessoas.
b) Artigo de Opinião (em uma revista de algum nível de informalidade):
Não vem sendo fácil pro carioca suportar os engarrafamentos que tomam conta da cidade por conta das obras profundas que vem ocorrendo. A cidade, de cabelo em pé, buzina sem parar buscando algum ponto de fuga. Somos quase o Estacionamento de Janeiro. 
c) Carta Argumentativa
Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2016. 
Excelentíssimo Sr. Prefeito da cidade do Rio de Janeiro,  Venho, por meio desta, manifestar-me quanto à situação caótica que ora nos encontramos na cidade governada por V. Exª. A situação é mais do que periclitante, atingindo níveis de inviabilidade que põem em xeque o bom funcionamento de serviços ao conjunto dos cidadãos.  
d) Carta de leitor
Caros editores da Revista Hoje, em seu último número, havia uma matéria que tratava das mudanças em curso na cidade do Rio de Janeiro. Gostaria de aqui problematizar um ponto argumentado por vocês naquela matéria: a do preço necessário a se pagar por tais mudanças. 
e) Editorial
A Gazeta de Notícias traz a seu público a sua opinião independente acerca das mudanças ora em curso na cidade do Rio de Janeiro, bem como de seus desdobramentos ao conjunto da população atual e futura. 
f) Crônica Argumentativa
Essa semana testemunhei uma cena inusitada. Uma velhinha esbravejava cobras e lagartos e outros répteis mais de difícil identificação, após ser fechada no trânsito cada vez mais alarmante do Rio de Janeiro. Ora, essa é apenas a ponta do iceberg desse inferno que tem se tornado se locomover dentro de um veículo na cidade. 
g) Resenha Crítica
Na obra Carros e cidades, de Alexandre Silveira Pontes, a questão principal em discussão é o modelo de desenvolvimento rodoviário e seu impacto à vida das cidades brasileiras. Esse ponto de vista assume especificidades e exemplificações várias ao longo dos sete capítulos da obra, os quais apresentaremos aqui. 
Como se observa, o leitor alvo causa modificações de formato bem marcantes, evidenciando também distintas finalidades, para além da argumentação.



TEXTO PARA REFLEXÃO -Tecnologia e Educação.

                                       Artigo Tecnologia e   Educação.
 O final deste milênio tem se caracterizado por grandes transformações tecnológicas, com especial ênfase nos sistema de comunicação. A comunicação deixa a ser de massa e passamos a viver a possibilidade de uma comunicação mais interativa. Do ponto de vista tecnológico cada dia mais avançamos na direção desta interatividade. Para nós, brasileiros, pelo menos por enquanto, isso se dá apenas de forma potencial. Temos uma forte concentração na propriedade dos meios de comunicação e informação. Com a possibilidade de entrada de capital estrangeiro nas empresas dos sistemas de comunicação e informação, observamos acontecer no Brasil o mesmo que já vem ocorrendo em quase todo o mudo: fusões bilionárias, megafusões e sinergias entre empresas que atuam em diversos ramos do mundo comunicacional, ou seja, editoras, órgãos de imprensa, emissoras de rádio e televisão - broadcast, assinatura cabo ou satélite - telefonia e até mesmo provedores de conexão Internet. O movimento é planetário. No Brasil, as classes A e B já possuem pelo menos a possibilidade de acompanhar um aumento significativo no número de canais de televisão. Este aumento não corresponde, no entanto, a um aumento de opções. Primeiro porque as opções são de fato, muito pequenas. O que vemos na verdade são infindáveis repetições de programas, de qualidade, no mínimo, questionáveis. Segundo, o que para mim é o mais importante, a produção destes produtos ainda continua sendo feito de forma muito centralizada. São poucos as possibilidades de produção da diversidade de imagens e sons que conhecemos por este Brasil afora.
São estes elementos importantes que precisam ser considerados e um passo significativo na transformação desta realidade é a democratização da informação. Esta democratização passa, no entanto, por vários caminhos e instâncias. Um deles é, sem dúvida, a de termos um  legislação forte de tal forma a garantir, nestes momentos de privatizações, acesso aos meios àqueles que não tem poder aquisitivo para adquirir o ingresso deste mundo de comunicação generalizada. Em julho do ano passado foi aprovada a Lei número 9.472 conhecida como Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Nesta lei foi introduzido um dispositivo muito importante chamado Fundo para Universalização de Serviços. O artigo 81 detalhou que este fundo deveria ser criado especificamente para essa finalidade, para o qual contribuiriam prestadoras de serviços de telecomunicações (publicas e privadas). Em outras palavras, um fundo - que ainda não foi regulamentado! - com o objetivo de viabilizar o acesso aos meios e serviços. Uma das primeiras ideias presentes seria o de usar estes recursos para conectar escolas, bibliotecas, hospitais, em todo o Brasil, de tal forma a viabilizar, seja através da telefonia como do acesso à rede mundial Internet, que as famílias que hoje não dispõem destes meios privadamente - em suas próprias casas - possam dele dispor na escola pública (e gratuita) de seu próprio bairro.
Mas somente o acesso ao meio não garante nada. Precisamos trabalhar paralelamente a esta instância mais política, na busca de fortalecermos as culturas locais para que possamos disponibilizar estas informações em todos os meios disponíveis. Não resta a menor dúvida que projetos de informatização de escolas públicas em andamento já podem se constituir passos significativos nesta direção. Mas isso, se estes objetivos forem prioritários e estiverem presentes. Como digo sempre, não precisamos de Internet nas escolas mas sim de escolas na Internet. Parece uma diferença pequena mas não é! É uma diferença básica de concepção. Fortalecer as culturais locais e disponibilizá-las na rede mundial, é fortalecer o cidadão. É permitir que cada cidadão seja sujeito de sua própria história e de uma história coletiva que estará sendo construída por todos. Não resta a menor dúvida que para esta tarefa muitas instâncias precisam estar envolvidas. Os projetos estão cada dia mais presentes nas universidades, escolas públicas e organizações não-governamentais. Só com exemplos levantados de memória em Salvador/Bahia, vemos que há poucos dias foi inaugurado um Comitê para a Democratização da Informática (CDI) no bairro popular da Massaranduba; a Prefeitura Municipal esforça-se para que as escolas públicas municipais tenham suas conexões Internet; a UFBA tem um projeto de um CyberParque Anísio Teixeira, construído em conjunto com os professores da Escola Parque, que nunca saiu da papel por falta de recursos. O que vemos, portanto, é que sem uma legislação adequado e sem incentivos e apoios, sem um envolvimento mais efetivo das classes empresarias, estes projetos não sairão do papel. Serão apenas ideias. São muitos os caminhos e as velocidades deste caminhar. Mas é urgente que comecemos a avançar nesta direção.
                                                        (Nelson  Pretto )


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

DICA SOBRE O USO DA CRASE


Crase rápida 

Só há fusão de vogais com o encontro da preposição "a"     com o artigo "a" e na presença da preposição ante os pronomes demonstrativos "aquela", "aquele", "aquilo" e o demonstrativo "a".

Não há crase antes de verbos e palavras masculinas:
"Amanhã iremos ao colégio" = "Amanhã iremos à escola"

Há crase quando o [a] equivale a "para a", "na", "pela", "com a".
"Ofereci ajuda à coordenadora." = "Ofereci ajuda para a coordenadora."
Mas: "Ofereci ajuda a ela." = "Ofereci ajuda para ela."

A crase é facultativa antes de pronomes possessivos e nomes próprios femininos.

Não há crase quando não há a fusão das vogais: "Levei à ela toda a papelada"
Aqui, o pronome pessoal "ela" não admite artigo. Levei a + ela.

Se intuímos a regra de que só se usa crase diante de palavras femininas quando há preposição seguida de artigo, evitamos ocorrências como "à 80 km", "à correr" ou "à Pedro". Afinal, nunca pensamos em crase com palavras masculinas ou verbos: daí não haver "a lápis", "a contragosto", "a custo".

Se lembrarmos que o sinal grave também elimina ambiguidades, evitamos tirar a crase em contextos que a pedem, por exemplo, "à beira", "à boca miúda", "à caça".

domingo, 1 de julho de 2012

SIMULADO - CLASSES GRAMATICAIS

 Texto para a questão 1:   “Direitos Humanos no Mundo


Os trágicos acontecimentos ocorridos em Ruanda e noutras partes do mundo realçam a necessidade de fortalecer a capacidade que a comunidade internacional tem para adotar medidas preventivas, a fim de evitar as violações dos direitos humanos. O fosso entre as aspirações internacionais ao gozo dos direitos humanos e a realidade das violações generalizadas desses direitos constitui o desafio básico que deverá ser enfrentado pelo programa das Nações Unidas em matéria de direitos humanos. Para eliminar esse fosso, a comunidade mundial deve individualizar e eliminar as causas iniciais das violações. Para tal, as Nações Unidas estão a centrar os seus esforços nas atividades destinadas a conseguir a aplicação eficaz do direito ao desenvolvimento, a definir melhor os direitos econômicos, sociais e culturais e a conseguir que sejam mais respeitados, e, no nível mais fundamental, a melhorar a vida quotidiana de cada ser humano.
O Centro de Direitos Humanos do Secretariado contribui para a execução do programa de
direitos humanos das Nações Unidas, mediante projetos concretos que têm por objeto ajudar a estabelecer e reforçar as instituições democráticas e a infra-estrutura nacional e regional necessária para a proteção dos direitos humanos, no primado do direito. Em 1994, o Centro aumentou consideravelmente as suas atividades em termos de serviços de consultoria e assistência técnica para programas na área dos direitos humanos.”

1. IESB-DF Julgue os itens a seguir segundo critérios sintáticos e semânticos.
( ) Fosso, poderia ser permutado por hiato sem alteração de sentido.
( ) Individualizar, pode ser permutado por particularizar, sem alteração de sentido.
( ) Em “... as Nações Unidas estão a centrar os seus esforços nas atividades destinadas
a conseguir a aplicação...” a expressão em destaque poderia ser permutada por centrando,  sem modificação sintática ou semântica.
( ) Em “... as Nações Unidas estão a centrar os seus esforços nas atividades destinadas
a conseguir a aplicação...”o artigo em destaque poderia ser eliminado, sem alteração sintática ou semântica.
( ) Em “...as instituições democráticas e a infra-estrutura nacional e regional necessária...”
o adjetivo em destaque poderia estar no plural.

2. U.F. Juiz de Fora-MG Considerando-se o fragmento “(...) nessa questão de engenharia
genética, que promete ser a questão do novo milênio”, o artigo definido “a” indica que:
a) a questão da engenharia genética será apenas uma das questões do novo milênio;
b) a questão da engenharia genética apresenta ironias implícitas;
c) a questão da engenharia genética será a principal questão do novo milênio;
d) a questão da engenharia genética é a única questão do novo milênio.

3. Uneb-BA
“O desenvolvimento das telecomunicações entra em nova fase, que alguns técnicos denominam como a da regulação.”
Observe a informação divulgada por um dos editoriais da Folha de São Paulo de 9 de
julho de 2000.
O termo “a”, que aparece destacado, possui o mesmo valor morfológico no fragmento:

a) “os gastos públicos com tecnologias relacionadas à Internet chegam anualmente (...) a
nada menos que US$500 milhões”.
b) “Um dos instrumentos é a criação de fundos, a partir de contribuições das operadoras
de telecomunicações”.
c) “É pouco perto do desafio monumental que se abre com a atual revolução da informação
digitalizada”.
d) “No Brasil, já há uma proposta de legislação prevendo a criação de um fundo dessa natureza.”
e) “A questão mais premente é a de evitar que aumente a exclusão social”.

4. UERJ-“Flexão é o processo de fazer variar um vocábulo, em sua estrutura interna, para
nele expressar dadas categorias gramaticais como gênero e número.”
A partir desse conceito, a palavra sublinhada que admite flexão de gênero é:
a) “Fez-se de triste o que se fez amante” (Vinícius de Moraes).
b) “Paisagens da minha terra,/ Onde o rouxinol não canta.” (Manuel Bandeira).
c) “Sou um homem comum/ de carne e de memória/ de osso e de esquecimento” (Ferreira
Gullar).
d) “Meu amigo, vamos cantar,/ vamos chorar de mansinho/ e ouvir muita vitrola” (Carlos
Drummond de Andrade).

5. U.F. Santa Maria-RS-Modificada Identifique a alternativa que contém uma palavra
formada por derivação sufixal que se classifica, no contexto, como adjetivo.
a) brasileiro, em “o artista brasileiro dos dias atuais”;
b) criadores, em “deixou de ser um peso para os criadores”;
c) brasileiro, em “o brasileiro era um envergonhado”;
d) envergonhado, no trecho anterior;
e) brancos, em “a mistura entre negros, brancos e índios”.

6. U.F. Santa Maria-RS-Modificada Os substantivos derivados de verbos denotam ação
e são chamados deverbais. O único substantivo que não faz parte desse grupo é:
a) busca.
b) conquista.
c) grito.
d) século.
e) combate.

7. FUVEST-SP A frase em que os vocábulos sublinhados pertencem à mesma classe gramatical,
exercem a mesma função sintática e têm significado diferente é:
a) Curta o curta: aproveite o feriado para assistir ao festival de curta-metragem.
b) O novo novo: será que tudo já não foi feito antes?
c) O carro popular a 12.000 reais está longe de ser popular.
d) É trágico verificar que, na televisão brasileira, só o trágico é que faz sucesso.
e) O Brasil será um grande parceiro e não apenas um parceiro grande.

8.UFSE - “...a capacidade recém-adquirida do homem”
O plural da palavra em negrito em cada uma das frases abaixo se faz de modo idêntico ao
de recém-adquirida em:
a) Havia um cofre boca-de-lobo numa das salas da velha casa.
b) Um abaixo-assinado solicitava ao proprietário do terreno que não derrubasse as
árvores.
c) Naquele sítio havia uma antiga árvore-mãe, cujas sementes deram início a este
bosque.
d) O pássaro-preto costuma alimentar-se das sementes encontradas em roças.
e) Uma árvore carregada de folhas e frutos constitui uma obra-prima da natureza.

9. UFF-RJ Na flexão dos diminutivos, o uso coloquial, com freqüência, se diferencia do
uso prescrito pela gramática normativa.
Assinale o par de palavras em que os dois usos ocorrem:
a) colherzinhas – florzinhas.
b) mulherzinhas – coraçõezinhos.
c) florezinhas – mulherezinhas.
d) mulherzinhas – coraçãozinhos.
e) colherezinhas – floreszinhas.
1
0. UFRS-Modificada Considere as seguintes afirmações acerca do uso de artigos.
I. Caso tivéssemos uma condição em vez de condição, em “o primeiro descreve ‘ansiedade
como condição dos privilegiados’ que, livres de ameaças reais, se dão ao luxo de ‘olhar para dentro’ e criar medos irracionais”, não haveria alteração no sentido global da frase.
II. O artigo indefinido uns poderia substituir o definido os, na frase “Peritos dizem algo
mais ou menos assim: os americanos estão nadando em riqueza.”, sem que houvesse alteração no sentido.
III. As duas ocorrências do artigo definido o anteposto às palavras psicoterapeuta e sociólogo, no trecho “Os candidatos à ansiedade são, assim, bem mais numerosos e bem menos ociosos do que pensam o psicoterapeuta e o sociólogo.”, poderiam ser substituídas por um indefinido sem mudar o sentido da frase.
Quais estão corretas?
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.

PROVAS DO ENEM COM GABARITO

ENEM 2012 - Como são as provas

O Enem é composto por quatro provas objetivas com 45 questões cada e uma redação.
Confira os dias da prova:

3 de novembro de 2012 (1º dia):
- Ciências Humanas e suas Tecnologias e;

- Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Tempo para a prova: 4h30

4 de novembro de 2012 (2º dia):
- Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e;
- Matemática e suas Tecnologias.
Tempo para a prova: 5h30

FIQUE  LIGADO  :

http://www.vestibulandoweb.com.br/enem/prova-enem-amarela-2011-2dia.pdf

http://www.vestibulandoweb.com.br/enem/gabarito-enem-amarela-2011-2dia.pdf

http://www.vestibulandoweb.com.br/enem/prova-enem-amarela-2010-2dia.pdf

http://www.vestibulandoweb.com.br/enem/gabarito-prova-enem-2010-2dia.pdf

sábado, 30 de junho de 2012

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Dicas de interpretação de textos


01. Ler todo o texto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

 DESPERDÍCIO BRASIL
Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no preço que pagam para fazer negócios num  país com regras obsoletas e vícios incrustados. O atraso brasileiro é quase sempre atribuído a alguma forma de corporativismo anacrônico ou privilégio renitente que quase sempre têm a ver com o trabalho superprotegido, com leis sociais ultrapassadas e com outras bondades inócuas, coisas do populismo irresponsável, que nos impedem de ser modernos e competitivos.
Raramente falam no que o capitalismo subsidiado custa ao Brasil.
O escândalo causado pela revelação do que os grandes bancos deixam de pagar em impostos não devia ser tão grande, é só uma amostra da subtributação, pela fraude ou pelo favor, que há anos sustenta o nosso empresariado chorão, e não apenas na área financeira. A construção simultânea da oitava economia e de uma das sociedades mais miseráveis do mundo foi feita assim, não apenas pela sonegação privada e a exploração de brechas técnicas no sistema tributário - que, afinal, é lamentável, mas mostra engenhosidade e iniciativa empresarial – mas pelo favor público, pela auto sonegação patrocinada por um Estado vassalo do dinheiro, cúmplice histórico da pilhagem do Brasil pela sua própria elite.
O Custo Brasil dos lamentos empresariais existe, como existem empresários responsáveis que pelo menos reconhecem  a pilhagem, mas muito mais lamentável e atrasado é o Desperdício Brasil, o progresso e o produto de uma minoria que nunca são distribuídos,  que não chegam à maioria de forma alguma, que não afetam a miséria à sua volta por nenhum canal, muito menos pela via óbvia da tributação. Dizem que com o que não é pago de imposto justo no Brasil daria para construir outro Brasil. Não é verdade. Daria para construir dois outros Brasis. E ainda sobrava um pouco para ajudar a Argentina, coitada.
                                        (Luís Fernando Veríssimo)
1) Para entender bem um texto, é indispensável que compreendamos perfeitamente as palavras que nele constam. O item  em que o vocábulo destacado apresenta um sinônimo imperfeito é:
a) “Sempre que se reúnem para LAMURIAR,...” - lamentar-se
b) “...um país com regras OBSOLETAS...” - antiquadas
c) “...e vícios INCRUSTADOS.” - arraigados
d) “...alguma forma de corporativismo ANACRÔNICO...” - doentio
e) “...ou privilégio RENITENTE...” – persistente
2) “Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no preço que pagam para fazer negócios num  país com regras  obsoletas e vícios incrustados.”; o comentário INCORRETO feito sobre os conectores desse segmento do texto é:
a) A expressão sempre que tem valor de tempo.
b) O conectivo para tem idéia de finalidade.
c) A preposição em no termo no Custo Brasil tem valor de assunto.
d) A preposição em no termo num país tem valor de lugar.
e) A preposição com tem valor de companhia.
3) O segmento do texto que NÃO apresenta uma crítica explícita ou implícita às elites dominantes brasileiras é:
a) “Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil...”
b) “Raramente (os empresários) falam no que o capitalismo subsidiado custa ao Brasil.”
c) “O escândalo causado pela revelação do que os grandes bancos deixam de pagar em impostos não devia ser tão grande,...”
d) “...pela fraude ou pelo favor, que há anos sustenta o nosso empresariado chorão,...”
e) “O Custo Brasil dos lamentos empresariais existe,...”
4) “...no preço que pagam para fazer negócios num país com regras obsoletas e vícios incrustados.”; na situação textual em que está, o segmento país com regras obsoletas e vícios incrustados representa:
a) uma opinião do empresariado
b) o ponto de vista do autor do texto
c) uma consideração geral que se tem sobre o país
d) o parecer do capitalismo internacional
e) a visão dos leitores sobre o país em que vivem
5) O principal prejuízo trazido pelo Custo Brasil, segundo o primeiro parágrafo do texto, que retrata a opinião do empresariado, é:
a) o corporativismo anacrônico
b) o privilégio renitente
c) trabalho superprotegido
d) populismo irresponsável
e) falta de modernidade e competitividade
6) O corporativismo anacrônico, o privilégio renitente, o trabalho superprotegido e outros elementos citados no primeiro parágrafo do texto indicam, em sua totalidade:
a) deficiências em nosso sistema socioeconômico
b) a consciência dos reais problemas do país por parte dos empresários
c) o atraso mental dos políticos nacionais 
d) a carência de líderes políticos modernos e atuantes
e) a posição ultrapassada do governo
7) “Raramente falam no que o capitalismo subsidiado custa ao Brasil.”; os empresários brasileiros raramente falam neste tema porque:
a) são mal preparados e desconhecem o assunto.
b) se trata de um assunto que não lhes diz respeito.
c) se refere a algo com que lucram.
d) não querem interferir com problemas políticos.
e) não possuem qualquer consciência social.
8) “...coisas do populismo irresponsável,...” corresponde a:
a) uma retificação do que antes vem expresso
b) uma ironia sobre o que é dito anteriormente
c) uma explicação dos termos anteriores
d) mais um elemento negativo do país
e) uma crítica sobre a política do país
9) O fato de os bancos deixarem de pagar impostos;
a) faz com que o Brasil se torne a oitava economia do mundo.
b) é prova de nossa modernidade.
c) é comprovação de que estamos seguindo os moldes econômicos internacionais.
d) é mais uma prova de injustiça social.
e) garante investimentos em áreas mais carentes.
10)Subtributação só pode significar:
a) sonegação de impostos
b) ausência de fiscalização no pagamento dos impostos
c) taxação injusta, por exagerada
d) impostos reduzidos
e) dispensa de pagamento de impostos
11) “...pela fraude ou pelo favor...”; os responsáveis, respectivamente, pela fraude e pelo favor são:
a) o empresariado e o poder político
b) o Congresso e o Governo
c) os sonegadores e o empresariado
d) os banqueiros e o Congresso
e) as leis e o capitalismo internacional.
12) Ao dizer que nosso empresariado é chorão, o autor repete uma idéia já expressa anteriormente era: 
a) bondades inócuas
b) lamuriar
c) populismo irresponsável
d) atraso
e) trabalho superprotegido
13) Segundo o texto, o Governo brasileiro:
a) prejudica o desenvolvimento da economia.
b) colabora com a elite no roubo do país.
c) não tem consciência dos males que produz.
d) explora as brechas técnicas do sistema tributário.
e) demonstra engenhosidade e iniciativa empresarial.
14) As “brechas técnicas do sistema tributário” permitem:
a) pagamento de menos impostos
b) sonegação fiscal
c) fraude e favor
d) maior justiça social
e) o aparecimento de queixas do empresariado
15) O “Desperdício Brasil” se refere à:
a) ausência de distribuição social das riquezas
b) subtributação patrocinada pelo Estado
c) perda de dinheiro pela diminuição da produção
d) queda de arrecadação por causa do Custo Brasil
e) redução do desenvolvimento na área financeira
16)”...o progresso e o produto de uma minoria que nunca são distribuídos, que não chegam à maioria de forma alguma,...”; representam, respectivamente, a minoria e a maioria:
a) banqueiros / empresariado
b) elite econômica / trabalhadores em geral
c) economistas / povo
d) classes populares / classes abastadas
e) desempregados / industriais
17) “...que não afetam a miséria à sua volta por nenhum canal, muito menos pela via óbvia da tributação”; nesse segmento, o autor do texto diz que os impostos:
a) deveriam ser cobrados de forma mais eficiente.
b) impõem a miséria a todas as classes.
c) causam pobreza nas elites e nas classes populares. 
d) não retornam à população de forma socialmente justa.
e) são o caminho mais rápido para o progresso. 
Gabarito dos exercícios de interpretação de textos
1) Letra d 
Questão de sinonímia.  Anacrônico  quer dizer  fora da moda, fora do uso corrente.
2) Letra e
A preposição com possui inúmeros valores semânticos. Tem valor de companhia em frases do tipo: ele saiu com o irmão. No texto,  não é nítida a relação, mas diríamos que seu valor nocional é de posse (país que tem regras obsoletas e vícios incrustados). O que não se pode aceitar é a idéia de companhia, que não existe no trecho em destaque.
3) Letra e
Na letra a, os empresários são criticados porque sempre lamuriam nas reuniões. Na b, o autor critica os empresários por quase não  falarem no custo do capitalismo subsidiado. Na c, a crítica é aos grandes bancos por deixarem de pagar impostos. Na d, os empresários são criticados por causa da fraude ou do favor que os beneficiam. Não se depreende qualquer tipo de crítica na opção e.
4) Letra a
É necessário voltar ao texto, mesmo que a questão esteja calcada em um trecho. Este, por si só, não dá elementos para que se responda. É preciso saber quem paga. O texto diz, logo em seu primeiro parágrafo: “Sempre que se reúnem para lamuriar, os empresários falam no Custo Brasil, no preço que pagam para fazer negócios...”. O sujeito de pagam é eles, ou seja, os empresários. Assim o trecho destacado nesta questão representa a opinião do empresariado.
5) Letra e
A resposta aparece nítida no trecho “...que nos impedem de ser modernos e competitivos”. Só por curiosidade: o enunciado, por descuido, dá a resposta da questão anterior, quando diz “...que retrata a opinião do empresariado...”.
6) Letra a
A resposta só pode ser a letra  a  porque todos os termos apresentados são colocados pelo empresariado como obstáculos aos seus negócios. Assim, deduz-se que se trata de deficiências que atingem a situação socioeconômica dos empresários, daí seus lamentos expostos em todo o primeiro parágrafo. As opções c,  d  e  e  são facilmente descartadas, porém a opção  b  poderia trazer alguma confusão. Ela não serve como resposta pois fala dos problemas do país, em geral, enquanto na realidade os empresários se lamentam pelos problemas que os atingem, não demonstrando preocupação com todos os  tipos de problemas nacionais.
7) Letra c
O empresariado é, evidentemente, capitalista. Assim, lucrando com algo que traz prejuízos ao país (segundo o autor do texto), eles  quase não falam a respeito, porque seriam naturalmente questionados.
8) Letra b
É necessário ler com muita atenção o trecho. “Coisas do populismo irresponsável” refere-se a três termos citados anteriormente: “trabalho superprotegido”, “leis sociais ultrapassadas” e “outras bondades inócuas”. Isso lembra (e aí temos a necessidade de conhecimento extratexto) o famoso populismo, tão citado em relação a determinados governos. A palavra populismo está usada ironicamente, pois as três coisas deram errado, tanto é que há o reforço da palavra irresponsável.
9) Letra d
A injustiça social ocorre porque, se alguns pagam,  todos teriam de pagar impostos. Claro que para isso eu não preciso recorrer ao texto. Mas é perigoso raciocinar assim, pois o autor poderia estar contrariando, por qualquer motivo, esse axioma. Tente sempre localizar no texto. À vezes uma simples palavra ou expressão responde ao que se quer. Por exemplo, a palavra escândalo, no início do segundo parágrafo. Também nos dá essa idéia a expressão  pela fraude ou pelo favor,  algumas linhas adiante (há alguns favorecidos, outros não, eis a injustiça social).
10) Letra d
Subtributação pode ser entendida como o ato de tributar por baixo, de maneira reduzida. Por isso a resposta é a letra d, que fala de impostos reduzidos. A palavra não se refere ao não pagamento de impostos, o que elimina as alternativas a e e.
11) Letra a
O texto diz, no segundo parágrafo, que a subtributação sustenta o empresariado e ocorre por fraude ou favor. Ora, a fraude é cometida pelo interessado, que no caso é o empresariado. E quem dá favores que levem  a uma subtributação só pode ser o governo, pois só ele tem esse poder.
12) Letra b
Lamuriar é chorar. No primeiro período do texto, a ação de lamuriar ou chorar é atribuída aos empresários.
13) Letra b
Ao favorecer o empresariado com  a  subtributação, o governo está colaborando com o roubo da elite, pois o dinheiro deixa de ser recolhido pelos cofres públicos, de onde sairia para bancar projetos sociais. Dessa forma, a população está sendo roubada.
14) Letra a
A subtributação, que é o pagamento de menos impostos, só existe porque há brechas no sistema tributário, devidamente exploradas para benefício do empresariado. Se não houvesse tais brechas, os empresários pagariam os impostos devidos.
15) Letra a
A resposta se encontra no trecho: “...mais lamentável e atrasado é o Desperdício Brasil, o progresso e o produto de uma minoria que nunca são distribuídos, que não chegam à maioria de forma alguma...” (3º parágrafo).
16) Letra b
A maioria, no texto, são os menos favorecidos; a minoria, aquela classe que possui em excesso. Com isso, a letra  a  é descartada, pois coloca dois grupos favorecidos. Na letra c, a palavra  economistas destoa do que se imagina sobre uma classe poderosa, rica;  economista  é também trabalhador, pode ser rico ou pobre. Nas opções d e e houve inversão: primeiro os menos favorecidos, depois os privilegiados. Assim, a resposta só pode ser a letra b.
17) Letra d
Afetar a miséria à sua volta seria fazer algo para acabar com ela ou, pelo menos, diminuí-la, sendo que o caminho lógico para isso é o da utilização dos impostos, a tributação. Como eles não retornam devidamente à população, como diz a letra d, que é o gabarito, a miséria continua a mesma.

Exercícios de regência verbal e nominal com gabarito

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período. A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.
Já a regência nominal é o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição.
Faça os exercícios abaixo. São exercícios de regência nominal e de regência verbal já com gabarito para correção.

1) O projeto.....estão dando andamento é incompatível.....tradições da firma.
a) de que, com as
b) a que, com as
c) que, as
d) à que, às
e) que, com as
2) Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto......simpatia.
a) a, por, menos
b) do que, por, menos
c) a, para, menos
d) do que, com, menos
e) do que, para, menos
3) Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser seguidos pela mesma preposição:
a) ávido, bom, inconseqüente
b) indigno, odioso, perito
c) leal, limpo, oneroso
d) orgulhoso, rico, sedento
e) oposto, pálido, sábio
4) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável.
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido.
5) Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.
a) Nunca assisto filmes de terror.
b) Quem assitiu essa aula?
c) Que filme você quer assistir?
d) Quantos assistiram a esta peça?
e) Todas estão corretas.
6) "As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir Aracaju,........coração bate de noite, no silêncio". A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) as quais, de cujo
b) a que, no qual
c) de que, o qual
d) às quais, cujo
e) que, em cujo
7) Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.
a) Regressando na escola, viu os amigos.
b) Dirija-se no próximo caixa.
c) Chegamos ao colégio atrasados.
d) Eu sempre custo a crer nas coisas.
e) Ela investiu para o rapaz e o agrediu.
8) Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.
a) Sua atitude implica graves punições.
b) Assistiram o filme tranqüilos.
c) Você aspira um momento de paz.
d) Ela implicou ao colega.
e) Impliquei para você.
9) Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal
a) Vamos assistir um bom filme.
b) Assisto em São Paulo.
c) Esqueci do livro.
d) Esqueci-me o livro.
e) Atenda o telefone!
10) Alternativa correta:
a) Precisei de que fosses comigo.
b) Avisei-lhe da mudança de horário.
c) Incumbiu-me para realizar o negócio.
d) Recusei-me em fazer os exames.
e) Convenceu-se nos erros cometidos.


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